Saturday, October 01, 2011

Questionário - Brody Dalle: Spinnerette / The Distillers


Título Original: “QUESTIONNAIRE - Brody Dalle: Spinnerette / The Distillers”
Por: Sam Sutherland
Para: Exclaim.ca
Data: Abril de 2009
Tradução: Angélica Albuquerque


Brody Dalle começou a sua vida como uma adolescente punk, em Melbourne, Austrália. Ela tocou numa banda chamada Sourpuss, que fez muito bem para ela e aos dezesseis anos, conheceu Tim Armstrong - do Rancid - no backstage de um festival de verão. Os dois se apaixonaram e poucos anos depois, Dalle estava casada e morando na Califórnia, onde muitos de nós a conhecemos por conta de sua voz poderosa e imprudente por trás dos Distillers, uma banda punk encardida que produziu três álbuns sólidos antes de acabar em 2006. Saindo das trilhas da carreira do Distillers, Dalle passou de uma mera punk rocker a uma mulher turbulenta e completa do rock'n'roll, com uma voz áspera e expressiva como Joan Jett e Courtney Love. Agora como mãe e casada com Josh Homme (Queens of the Stone Age), Dalle reorientou suas energias musicais com Spinnerette, uma projeto de electro-tingido de punk, que é uma versão moderna de Big Audio Dynamite. Foi um longo caminho a ser percorrido desde o Distillers, mas essa é uma progressão lógica para uma das mais únicas personalidades musicais que emergiu da cena punk da Epitaph no finalzinho dos anos 90. E isso soa incrível.

O que você tem feito?

Spinnerette. Estando sentada aqui com você. E falando sobre Spinnerette.

Quais são as suas fixações atuais?

Estou obcecada por Ratatat. Estou até tentando chamá-los para fazerem um remix de uma das minhas músicas. Mas eles não tem um empresário e eu não tenho como forçá-los; apoiá-los. Eu mandei uma mensagem para eles no Myspace, mas eles fazem tudo sozinhos e eu tenho certeza de que eles recebem milhões de mensagens como a que mandei. Então, se vocês estão por aí e lendo isso... liguem-me!

Por que você vive no local onde você mora?

Conveniência.

Nomeie algo que você considera uma alteração mental de trabalho de arte:

Minha árvore de Natal.

Qual tem sido a sua mais memorável ou inspiradora turnê e por quê?

Acabei de ver uma banda de Los Angeles chamada Rumspringa e a pessoa que estava cantando parecia um Elvis Presley asiático.

Quais foram os altos e baixos da sua carreira?

O pico foi ter tocado na Brixton Academy, em Londres. Os baixos foram ter feito o CD Sing Sing Death House com um engenheiro que estava fumando crack. Mas era melhor que ele estivesse fazendo isso e não nós, então eu acho que não é necessariamente um mau momento.

Qual foi a coisa mais cruel dita a você antes, durante ou depois de um show?

Após um show, uma vez uma garota me falou que eu estava horrível. Tão malvado!

Sobre qual assunto todos deveriam calar a boca?

Aqueles sapatos, mano. Crocs. Eu odeio essas merdas. Elas precisam desaparecer. E eles realmente não me soam ecológicos. Eles não vão biodegradar e ir embora.

Que características você mais gosta e mais detesta em si mesma?

Eu não gosto de ser desajeitada socialmente. Eu sou um pouco inepta às vezes. Eu não gosto de sofrer um apagão quando eu fico bêbada. Daí eu tenho que fazer aquela caminhada da vergonha no dia seguinte e pedir desculpas a todos por... ter feito xixi no meu carro ou algo do tipo. E eu gosto de ser uma garota bem fácil.

Qual é a sua ideia para um domingo ideal?

Ir ao zoológico com a minha filha, ao mercado com o meu marido e ir ao Art's Deli mais tarde e pedir uns clássicos e gigantes sanduiches, os Po' boys. Daí, fazer um jantar de domingo e ter uma noitada.

Que conselho você deveria ter seguido, mas não o fez?

Não sei se eu alguma vez fiz isso. Bem, isso não é verdade. Acontecem várias vezes que nem dá para contar. É aquele momento “uh-oh”. Provavelmente quando eu bati com o carro do meu marido. E aí bati de novo.

O que faria você chutar alguma pessoa da sua banda e ou cama e você já fez isso alguma vez?

Eu chutei a Rose [Mazzola, ex-guitarrista do Distillers] da minha banda por ser uma adolescente promíscua e viciada em drogas. Eu não podia lidar mais com isso. Eu abandonei a minha falsa filha!

O que vem na sua cabeça quando você pensa no Canadá?

Pucks.

Qual foi o primeiro LP/cassete/CD/EP que você comprou com o seu próprio dinheiro?

A fita dos Ghostbusters. Foi radical. Eu ainda amo.

Qual foi o seu trabalho mais memorável?

Eu trabalhei como florista. Mas isso foi tão chato.

Como você se mima?

Eu chamo o Josh para me fazer cócegas com penas e para me dar uvas para comer... (risos). Não, não.

Se eu não fosse musicista eu seria...

Eu seria uma bombeira.

Do que mais você tem medo?

Medo.

O que faz você querer tirar tudo e partir pra cima?

Os olhos do meu marido.

Qual foi o seu encontro mais estranho com uma celebridade?

Gene Simmons sempre toca o meu rosto toda vez em que eu o vejo e eu não aguento mais isso.

Qual seria o seu convidado ideal para um jantar, esteja vivo ou morto e o que você iria servir para ele?

Eu gostaria de jantar com o Elvis Presley. E eu pediria para ele me fazer um dos sanduiches da sua mãe, de manteiga de amendoim e banana. Isso é ataque cardíaco prestes a acontecer.

O que sua mãe gostaria que você fosse?

Ela queria que eu fosse a Pat Benatar.

Que música você gostaria que fosse tocada no seu funeral?

Aquela meio havaiana, com slide... Ai, mano. Deixa-me ligar para o meu marido, ele saberá melhor que eu. [Pega o telefone] Oi, babe. Estou trabalhando. [Sai do telefone] Santo & Johnny! [Volta a falar ao telefone] Hey baby, qual é o nome da nossa canção? A do Santo & Johnny? "Sleep Walk". Ok. Ligarei depois para você para conversarmos. Bye. [Desliga] Desculpe. Santo & Johnny, “Sleep Walk.