Saturday, October 01, 2011

Brody Dalle Fala Sobre a Sua Nova Banda e s Alegrias de Ser Mãe


Título Original: Interview With Brody Dalle of Spinnerette - Brody Dalle discusses her new band, Spinnerette, and the joys of being a Mum.
Por: Jade Blackmore
Para: Blogcritics.org
Data: 04 de maio de 2009
Tradução: Angélica Albuquerque


Brody Dalle ardia na consciência do punk rock no início dos anos 2000 como a carismática vocalista-guitarrista de moicano, do Distillers. Com seus vocais graves, com sua guitarra rebaixada e com uma atitude cheia de personalidade, ela foi a artista feminina mais visível do punk. Após três álbuns e fazendo turnê sem parar, a banda oficialmente acabou no começo de 2006.

Desde então, Dalle se casou (com Josh Homme, do Queens of the Stone Age) e teve uma filha, Camille. Agora ela está de volta com uma nova banda, Spinnerette. Junto aos colaboradores Alain Johannes e Tony Bevilacqua (o ex-guitarrista do Distillers), ela construiu um novo som parcialmente influenciado por algumas das suas primeiras memórias musicais.

O EP digital Ghetto Love contém quatro faixas que nos dão um gostinho do álbum completo que a banda está gravando. É um eletro-rock que pode surpreender alguns devotos do Distillers, mas a guitarra poderosa de “Valium Knights” irá tranquilizá-los e fazê-los pensar que, apesar de Brody ter amadurecido, ela não perdeu sua essência.

Spinnerette tocará em festivais na Europa e em Seatlle, neste verão.
Eu recentemente entrevistei Brody, via e-mail, perguntando sobre Spinnerette, maternidade e ao que ela tem se dedicado nos últimos anos.

Jade Blackmore: Você passou por várias mudanças na vida, desde que o Distillers acabou. Você se casou e se tornou mãe. Como isso te mudou de criativamente e de outro modo?

Brody Dalle: Ter me tornado mãe, foi a melhor coisa que já aconteceu comigo, mas isso significa que há menos tempo disponível para passar sendo criativo. Não há uma falta de inspiração ou uma seca de idéias, eu tenho uma porrada de músicas e idéias e está tudo gravado no meu blackberry, na garagem da banda ou no meu antigo gravador de fitas k7, no que estiver mais perto de mim no momento. Então, no tempo certo, as músicas/idéias são escolhidas separadamente, vestidas, trocam de roupas, ficam desnudas ou quase nuas, vestindo apenas meias. Quando eu vou para o estúdio ou para o estúdio do Al, eu trabalho sem parar e daí, tenho algo pronto. Eu trabalho duro e me foco mais, ao contrário de estar deitada por aí, tendo o meu doce tempinho em relação a isso... Ahhhhh, aqueles eram os dias.

JB: As músicas no EP são mais melódicas e mais “eletrônicas”, em relação ao Distillers. Isso fluiu naturalmente ou você parou para pensar em escrever num estilo diferente? Eu também gostaria de dizer que adorei o jeito que a sua voz soa em “Distorting a Code”. É uma canção interessante: ela começa com alguma delicadeza e depois uma camada de distorções eletrônicas são adicionadas perto do fim. E ela realmente mostra o seu alcance vocal.

BD: Obrigada! Ela é a minha música favorita do EP. É estranho porque eu peguei essa coisa “eletrônica” quando eu ouvi algumas coisas desse EP, com exceção que não havia teclado em lugar nenhum nele e a única bateria eletrônica que se encontra, é em “Bury My Heart”, então vai saber! Alain Johannes é um músico mágico, é o que eu sei, com certeza. E eu amo cantar, já mencionei isso?

JB: Você tem feitos alguns shows, incluindo no Shockwaves NME Awards. Como tem sido a recepção desses shows? Há algum plano para uma turnê em breve?

BD: Bem, uns amaram os shows e outros não. E eu tenho certeza que uns não ficaram agitados e que outros pensaram que havia mais espaço para melhorias, o que já era esperado. E eles estão vindo com perspectivas – e estão todos certos, em suas próprias maneiras.
Eu acho que a ideia de que Distillers terminou e que Spinnerette está aí e é um “alien” diferente, é um choque para o sistema para alguns e pode demorar um pouco para se acostumarem... mas tenho certeza que se divertiram. Eu só quero fazer mais alguns shows de experiência - poderia fazer uma turnê com um nome diferente - só para ter espaço para foder e crescer de novo.

JB: E eu achei estranho você tocar no Shockwaves, sem usar a sua guitarra durante boa parte do show. Eu sei que com o Distillers você estava sempre cantando e tocando guitarra, simultaneamente.

BD: É, eu me sinto um pouco nua sem ela, mas eu não quero tocar tanto quanto eu tocava antes, não tenho muito tempo livre para aprender e não sei muitas técnicas, então eu não quero estragar tudo tocando de um jeito desleixado. Eu acho que se você for me ver e eu estiver tocando mais ao vivo, isso quer dizer que eu andei praticando e se eu estiver cantando mais, quer dizer que tenho tomado mais banhos. Entretanto, eu quero tocar. No Distillers eu tocava e cantava a todo tempo.

JB: Quando o CD completo será lançado? Eu li que inicialmente a Spinnerette assinou com a Sire Records, mas que isso não deu certo.

BD: Eu estava pessoalmente assinada com a Sire; nós rompemos o contrato de forma amigável e agora estou na Anthem. Eu amo a Anthem. Agradeço ao Rush. O álbum sai em junho!

JB: Como foi trabalhar com Liam Lynch no video de “Ghetto Love”?

BD: Foi mega divertido! Era madrugada, foi na casa do Liam, no seu quarto de filmagem com uma tela verde e levou 25 minutos. Liam é o cara!