Título Original: "Brody Dalle in a Spinnerette - 'It feels really good to get back to work'"
Por: John Earls
Para: Teletext.co.uk
Data: Dezembro de 2008
Tradução: Angélica Albuquerque
Há cinco anos, o Distillers lançou Coral Fang, um álbum punk e que viu Brody Dalle se tornar uma das melhores vocalistas do gênero há anos. A banda se separou em 2006, Brody se tornou mãe... E agora ela finalmente está de volta, com a igualmente atraente Spinnerette.
“Parece que a vida de 10 anos foi embalada nos últimos cinco [anos],” conta Brody.
O novo EP, Gheto Love, foi lançado digitalmente e é um tira gosto para o álbum homônimo da Spinnerette, que sai em fevereiro.
“A maioria do álbum foi escrito em 2004, o ano anterior à minha gravidez,” diz Brody, 29 anos. “Há pouca coisa antes disso, época do Distillers. Eu escrevi no estúdio também - Eu escrevi ‘Impaler’ no último minuto. É sobre matar Vlad O Empalador, por ter sido um puto. Foi baseado na minha vida.”
Brody não acredita que haja uma grande diferença de abordagem dos temas desde os dias do Distillers, após gravar o álbum com Alain Johannes do QotSA.
“Não houve um processo pensado, aconteceu organicamente,” ela conta.
“Al é um ótimo amigo. O que ele tocou nas minhas músicas foi mágico, mas a sua participação no projeto foi acidental. Eu perguntei ao Josh, 'Como irei ter essas demos prontas?' e ele respondeu, 'Por que não fala com o Al?'”
Embora Alain e seu ex companheiro de Distillers, Tony Bevilacqua tenham participado do álbum, haverá um line-up diferente quando Brody for fazer turnê.
“Spinnerette não é uma banda,” ela deixa claro. “Sou eu e uns músicos com os quais eu quero trabalhar na época.”
“Foi uma explosão trabalhar com o Al, dentro de três horas nós estávamos tipo, 'Puta merda, o que acabamos de fazer?' Mas Spinnerette não é bem uma banda.”
Brody admite que foi difícil achar a sua banda de turnê - Eles farão um show no Reino Unido, na Islington Academy, em 23 de fevereiro.
“Eu queria pessoas sem bagagem,” ela explica. “Músicos confiáveis e pessoas legais. Foi difícil pra cacete achá-los, eu tive que caçar de cabo a rabo.”
“O registro foi diferente de novo - Al e eu trabalhamos tão bem juntos, porque não censuramos ou editamos nenhuma das ideias que tivemos que poderiam soar selvagens demais.”
A única diferença principal de The Distillers, pelo menos vocalmente, é o quanto a voz da Brody está soando mais nítida agora.
“Sim, é porque eu não estava em turnê por um bom tempo,” ela ri. “Quando nós fizemos os álbuns do Distillers, eu ainda estava com a garganta ruim por conta das turnês.”
“Espere até fazermos 10 shows e eu estarei com a garganta ruim de novo. As pessoas virão aos shows e pensarão, 'Essa não é a mesma vocalista da gravação.'”