Saturday, September 24, 2011

Entrevista Com o Ryan

Título Original: “Interview with Ryan”
Por: Paco Rubio
Para: dreamers.com
Data: Janeiro de 2002
Tradução: Angélica Albuquerque


Explique quem são os membros da banda, o que cada um toca e se vocês estiveram em outras bandas anteriormente...

Brody - Vocal/guitarra - Tocou no Sourpuss.
Andy - Bateria - Tocou no Nerve Agents e Model American.
Ryan - Baixo/Vocais - Toquei em pequenas bandas locais.
Rose - Guitarra/Vocais.

Quais grupos influenciaram o estilo de vocês?

Pra mim, muito black metal e The Go Gos, Rancid, Flea, The Cure.

O que você deseja transmitir com o nome The Distillers? Ele tem um significado especial para você? Por favor, explique...

Pra mim significa fazer tudo voltar a sua forma pura. Como, dentro de você, progredindo ou sendo motivado com qualquer coisa, como pura raiva ou amor, ira, rancor.

Qual é a diferença entre o novo álbum de vocês, Sing Sing Death House e o álbum de estréia?

O novo álbum é definitivamente uma progressão. Eu acho que ele muito melhor, tem muito mais diversidade.

O que quer dizer o título Sing Sing Death House?

É uma verdadeira prisão fodida, onde muitas pessoas foram horrivelmente maltratadas. É uma metáfora para ter passado por coisas horríveis na sua vida, seguindo em frente. Sobreviver.

Onde o disco foi gravado? Quem colaborou com vocês?

Nós gravamos no Westbeach Studios e no West Lake Studios. Brody escreveu o álbum, ninguém colaborou. Foi tudo ela.

Donnell Cameron (NOFX, Pennywise, 7 Seconds) produziu o disco. Como foi trabalhar com ele?

Poderia ter sido melhor, tivemos problemas...

Em que ele contribuiu para o som de vocês?

Nada.

Quais são as músicas do Sing Sing Death House que você mais gosta?

É uma pergunta difícil, hum... Sick of it All”, “I Am a Revenant”, “Seneca Falls”, “Hate Me”, “I Understand”.

O que você considera ser mais importante: A letra ou a música?

Eu penso que é uma mistura. Eu adoro as músicas de algumas bandas, mesmo que as letras não sejam tão boas e com outras bandas eu me sinto mais conectado com as letras.

Sobre o que falam as suas letras?

Vá ler.

É importante para o Distillers estar na Epitaph/Hellcat Records?

É um ótimo selo, é como uma grande família.

Qual é a ideologia do punk, de acordo com o seu ponto de vista?

Eu realmente não me preocupo mais com o que o punk é, é a diluição. Todo mundo tem uma visão completamente diferente do que é e não é punk. Eu de verdade não me importo, eu só faço o que me faz feliz e o que me importa. Rotular tudo põe um limite nisso.

O que você acha sobre a evolução das bandas americanas de punk rock? E da cena do punk rock?

Está indo bem. As bandas estão ficando conhecidas, como, por exemplo, o Wildflowers, é incrível. Eu acho que é um ótimo momento para a música. É um ponto onde muita coisa que está no topo está caindo, há espaço para muitas bandas fazerem mudanças nas cenas ou coisas do tipo.

Como é a cena do rock em Los Angeles?

Eu vivo a sete horas do Norte de Los Angeles, então eu estou fora desse gancho. No entanto, a cena está forte em São Francisco, Oakland, Berkely e São Jose.

Você pode nomear alguma banda que está chamando a sua atenção recentemente?

Nine Inch Nails, Jucifer e The Crown.

Com quem você gostaria de lançar um split?

A.F.I., hum... Slayer??
Qual ou quais turnês você lembra ter curtido mais?
Quase todas elas, Itália foi demais. Espanha foi bem divertido também. Londres foi ótimo embora eu tenha me machucado...

O que é mais importante para o Distillers? Fazer boas turnês ou boas músicas/bons álbuns?

Pra mim o que importa é só tocar da melhor maneira que eu puder e improvisar, ficar feliz com o que estiver tocando no estúdio e ao vivo.

Qual é a diferença entre a cena européia e a americana?

A língua às vezes é difícil na Europa, mas o público dispara. Aqui o público fica insano. Todo mundo cantando e fazendo roda de pogo. A Califórnia tem a melhor roda de pogo.

Do que você lembra da sua turnê pela Espanha?

Barcelona foi lindo, nós tivemos que ir à cidade um pouquinho e eu tive que fazer compras. Quando nós voltamos para o clube, o Wallride estava tocando. Eu fiquei impressionado com eles. Eu até comprei todos os seus CD's e discos. O show foi ótimo e eu caí da escada depois, eu acho que a Brody também.

Como você acha que o ataque ao World Trade Center pode afetar a liberdade de expressão do punk rock?

Eu não acho que isso afete de forma alguma o punk rock. Afeta mais as pessoas individualmente, que foram colocadas em uma perda por causa disso.

Qual foi a pior merda que aconteceu com você no palco, durante esses anos?

No último show que fizemos, os monitores que ficam do nosso lado estavam muito altos, eu só conseguia ouvir o meu baixo e tinha um retorno abafado e eu pensei que meu baixo estava fora de sintonia, então eu toquei “Oh Serena” toda fudida. Eu não sabia que diabos estava acontecendo. Isso e quando eu me machuquei em Londres. Aquilo doeu.

Como você pode explicar a música do Distillers?

Vá ouvir por si mesmo.

Quais são os seus dez álbum favoritos do século vinte?

Cara, isso é difícil, hum...

The Cure – “Pornography
A.F.I. – “Black Sails in the Sunset
Björk – “Post
Emperor – “Promethius” (ou seja lá como se escreve)
Guns N’ Roses – “Appetite For Destruction
Rancid – “2000
Nine Inch Nails – “Pretty Hate Machine” ou “The Fragile” – Escolha um.
Danzig – “4
Slayer – “Reign in Blood
Nowhere Fast – “Tina’s Spicy Poontang Burritos