Saturday, September 24, 2011

Entrevista Para o Site Juicemagazine.com


Título Original: "The Distillers - Interview by Robin Fleming"
Por: Robin Fleming
Para: Juicemagazine.com
Data: 2000
Tradução: Angélica Albuquerque


The Distillers é uma química do punk rock orgulhosa de estar em lotes de bebidas alcoólicas. O seu primeiro disco de estúdio é uma obra-prima homônima e será lançado em breve através da Hellcat. As letras são derramadas sobre feridas salgadas, as guitarras explodem feito coquetel molov e sessões rítmicas que manteriam tropas marchando, merda, que iriam fazê-los correr. Você pode vê-los na turnê The Punk O Rama e no Warp Tour.

B = Brody Armstrong
K = Kim Fuelleman

Como foi que vocês se encontraram?

B: Eu me mudei da Austrália pra cá, há três anos. Eu tenho feito música desde os meus treze anos de idade. Eu tinha uma banda por lá e queria começar uma nova banda aqui. Eu achei o nosso baterista, Matt Young, e eu conhecia Kim através da Epitaph. Ninguém sabia que ela tocava baixo, ela era um enigma total sobre isso.

Mas você toca tão bem.

K: Eu não estava com uma banda que gostaria de estar. Então eu não respondia “Sim, eu sou uma baixista”.

B: Alguém me disse que ela tocava então eu a recrutei e daí nós achamos a Rose através de um amigo.

Do que se trata a música “Red Carpet and Rebellion”?

B: Eu sou muito interessada pela história russa. Então é sobre a privação extrema pela qual essas pessoas passaram. O fator comunista e as revoltas camponesas para conseguirem sua liberdade. Eu usei o refrão para me simbolizar tentando me adaptar aqui, na cultura e sociedade da América.

Como tem sido?

B: Quando eu me mudei para cá me bateu a pobreza e a política. Tudo é extremo. Ver pessoas tentando se adaptar e viver a vida em uma base diária, lutando com isso.

Com quem vocês já tocaram?

K: Nós tocamos com um monte de bandas ótimas. The Nerve Agents é a nossa banda parceira, eles nos deram shows há tempos, quando fizemos uma pequena turnê com o H2O e Anti-Flag. Nós já tocamos com o U.S. Bombs, The Dwarves e X. Sim, estou começando a tocar com os meus próprios heróis musicais.

Como foi a experiência da gravação do disco para vocês, quanto tempo levou?

B: Levou três semanas, incluindo a mixagem. Foi bem angustiante. Eu nunca havia gravado um full-length.

K: Levou muito tempo e muita energia. Eu piro quando vou gravar porque eu estou acostumada a fazer shows. Mas na vez que eu ouvi, eu fiquei tão feliz, fez tudo valer a pena.

B: É intenso entre quatro paredes, derramando o seu coração para fora por três semanas. É como dar à luz.

Como mulheres, o que vocês acharam na cena punk?

K: Nós conhecemos algumas pessoas bem legais e algumas esquisitas. Houve alguns problemas com alguns caras querendo ser bem paternalistas. Normalmente eles nos vêem tocar e tudo muda.

B: Sim, eles esperam algo diferente e então nós chutamos as portas e eles ficam interessados. Nós tivemos um monte de apoio. As portas foram derrubadas por mulheres e sim, você tem o rock idiota, mas se você quiser, você tem que ir atrás dele.

K: É bacana ver garotas na fileira da frente dos nossos shows.

B: Quanto às mulheres e à união dentro da cena nos shows, eu sinto que há esta hipocrisia, porque a minha última banda tocou com algumas das “bandas feministas” e por todas as merdas que elas falavam, elas não fizeram jus a qualquer um de seus ideais na minha frente. Isso foi tão nazista pra mim.

K: Os que mais falam são aqueles que fazem exatamente o oposto.

B: Atitudes separatistas precisam sumir...