Por: Peter Oberth
Para: Shakefire.com
Data: 30 de Junho de 2009
Tradução: Angélica Albuquerque
Sentamos-nos com a ex-frontwoman do ícone punk The Distillers, para conversar sobre sua nova banda - Spinnerette, seu casamento, filha e o que esperar da sua carreira pós-Distillers.
Você acha que teria chegado onde chegou se não tivesse saído da Austrália?
Na realidade, é difícil dizer, eu sempre soube que iria deixar a Austrália.
Como você foi a única remanescente do Distillers, porque decidiu acabar com o nome?
Precisamente, por esta razão, houve tantas encarnações. A minha favorita foi essa última e então eu não conseguia ver alguma outra, sem o Andy parecia inútil.
Você e o seu marido têm colaborado em algumas músicas. Algum plano de lançar um projeto juntos?
Nunca se sabe. No momento, estamos tão ocupados com nossa própria música e nossa filha precede sobre todo o resto. Algumas vezes, ao invés de ir à um bar e beber, nós vamos para o nosso estúdio e gravamos covers, nos divertimos, e o Josh toca bateria, que é o que ele gostaria de ter feito para viver.
Fãs do Distillers ficaram desapontados quando a banda se separou. Ouvindo o seu novo projeto, Spinnerette, eles devem estar esperando um som similar. Como você acha que eles irão reagir com o novo disco?
Eu não sei, nada continua o mesmo. A história não nos ensinou isso? A vida seria muito chata.
Você surgiu na cena musical justo quando o mundo digital começou a mudar tudo. Isso tem sido uma luta difícil pra você, tentar proteger a sua música enquanto o roubo continua ocorrendo com a tecnologia?
Na verdade, o meu álbum estava circulando nos últimos dois anos e nunca vazou. Eu nunca pensei ou me preocupei com isso, pois isso nunca aconteceu.
A música punk tomou um rumo decididamente emo na década passada. Como você se sente em relação ao estado atual da música popular?
Tenho saudades, um pouco, só por causa da familiaridade de tudo, mas estou empolgada em seguir para o futuro e ver para onde estamos indo. Há ótimas músicas que ainda nem foram escritas e que irão mudar o mundo e a vida das pessoas, em algum lugar, alguém está esperando seu destino. Eu não gosto de como a música tornou-se dispensável, mas isso se aplica à várias coisas. Eu acho que nós estamos no ponto de ruptura da humanidade, tempos loucos.
Excursionar pode ser difícil para um solteiro. Você é casada e tem uma filha, como você acha que isso afetará a Spinnerette, as gravações de novas músicas e as turnês?
Eu realmente amo fazer show, mas eu quero estar aqui durante todos os segundos da vida da minha filha. Ultimamente, eu gostaria de ser uma artista que gravasse discos, que uma vez ou outra sairia para turnê, como o Tom Waits.
Spinnerette tem um som difícil de ser rotulado. Como você descreveria o seu gênero?
Chinese rock, folk doom, gaelic disco.
Rapidinhas:
1. O que tem no seu bolso nesse momento?
Nada.
2. Twitter ou Myspace?
Twitter porque eu posso ver o que os meus amigos estão fazendo, pensando e dizendo.
3. Blu-Ray, DVD, VHS ou Digital?
VHS.
4. Na minha lápide deve estar escrito...
Ela foi uma mãe e uma filha da puta e ela chegou longe.
5. Meu pecado prazeroso é...
Dormir.
6. Você é supersticiosa?
Eu não andaria sob uma escada.
7. Alguma vez já cheirou marca-texto?
Claro.
8. Qual cor de M&M possui o melhor sabor?
Amarela.
9. Austrália ou América?
Nenhuma.
10. Minha lista de cinco pessoas...
Marilyn Monroe, Robert Anton Wilson, Sam Raimi, Traci Lords, Hannah Hanra.