Friday, August 12, 2011

Brody Dalle entrevista Joan Jett

Brody Dalle, a ex-frontwoman do Distillers e criadora da Spinnerette, entrevistou a - tão quente quanto o asfalto de Geórgia - Joan Jett para o P.I.X. zine.


Título Original: "Brody Interview Joan Jett"
Para: P.I.X zine
Data: Agosto de 2009
Tradução: Angélica Albuquerque


Joan Jett é um resumo de Descolada com I maiúsculo para Incrível.
De forma perspicaz, o P.I.X. contemplou o seu estilo com penas e calças de couro já há algum tempo e, vamos encarar, nunca chegaríamos nem aos pés de fazer rock com tanto estilo como ela. O que você faz? O que você pode fazer? Ela é aquela que canta, “I love rock 'n' roll, so put another dime in the jukebox, bayyyyyybe” e “Do you wanna touch me, there, where, there, yeah”. Sensacional.
Então, nós fizemos o seguinte: numa mão colocamos Joan Jett e na outra, Brody Dalle, do Distillers/Spinnerette, quem nós super amamos e pensamos, “bem, por que não arrumamos da Brody entrevistar a Joan?”. Quero dizer, isso realmente faz sentido quando você pensa nisso. Uma mulher totalmente descolada; com cabelos tão escuros quanto as penas de um corvo, papeando com outra mulher totalmente descolada; com cabelos tão escuros quanto as penas de um corvo. Ah, você então idealiza a cena. Aqui ela está.


Onde você nasceu?

Eu nasci na Filadélfia, em Pensilvânia.

Qual é o seu signo? (Desculpe-me, eu sou uma astróloga idiota)

Eu sou de Virgem, com a Lua em Aquário e ascendente em Capricórnio. Nasci no dia 22 de setembro, às 4 horas da tarde.

O que você costumava ouvir quando era uma adolescente? Como foi que essa música pontuou-se na sua carreira musical?

Ai, Deus, eu ouvia muito rádio, obviamente, e na época você podia ter um ótimo leque de rock clássico, pop, R&B. Você poderia saltar de Stevie Wonder para Abba, Led Zeppelin e voltar. Eu comecei comprando os singles que eu adorava, talvez os do Alice Cooper, “School’s Out”,”18”, todos os hits, “Alright Now”, do Free, foi um grande hit pra mim, Led Zeppelin, T Rex, New York Dolls, Black Sabbath. Eu continuo dando risada quando penso em como o meu pai podia me ouvir no meu quarto, ouvindo por diversas vezes a pausa em “Whole Lotta Love”, onde o Robert Plant está gemendo e suspirando, e daí ele entrava no meu quarto e dizia, de forma bem áspera, como se estivesse realmente tentando entender, “Joan, que diabos você está ouvindo?”. Eu também costumava ler religiosamente as revistas de rock, sobretudo Circus e Cream, e eu li sobre um clube em Hollywood que era para adolescentes e tocava glittler rock britânico, que era o que a meninada americana estava ouvindo. Além disso, a base da cena musical americana estava mudando; a disco music estava ficando bem grande por volta de 1975. Minha família havia se mudado da Costa Leste para Los Angeles, em 1973. Eu comecei a frequentar o Rodney’s English Disco, o que fez com que eu curtisse mais T. Rex, Bowie, The Sweet, Suzi Quatro e todo esse estilo, guitarras por 3 minutos e canções chicletes e carregadas. Então, esse realmente é o combo do glitter rock e eu creio que é o que chamam de “classic rock”, hoje em dia. Tudo é apenas rock'n'roll. Eu penso sobre a minha própria escrita, eu meio que sintetizo esses elementos na minha própria versão.

Quantos anos você tinha quando percebeu que queria ser uma musicista e o que te levou a isso?

Eu tinha 13 anos de idade e queria aprender como fazer os sons de guitarra por quais eu estava apaixonada. Os timbres simples e superficiais das guitarras de “Alright Now” talvez tenham me despertado essa vontade. Eu ganhei uma guitarra elétrica de presente de Natal aos 13 anos de idade e então comecei.

Como foi a atmosfera de quando você produziu o Germs? Essa foi a sua primeira produção?

Foi bem louca. Eu conhecia o Germs desde o começo de 1977, provavelmente, ou por aí; eu acho que eles pensaram que eu sabia o que estava fazendo porque eu havia estado em estúdio para gravar os 3 álbuns das Runaways. Mas eu já tinha os visto ao vivo milhões de vezes, os sets, geralmente, eram bem desleixados e você mal podia ouvir direito as músicas, mas a banda e eu sabíamos que as músicas eram ótimas. Eu acho que passamos 4 dias em estúdio. Nós fizemos todas as faixas básicas ao vivo, dobramos as guitarras e incluímos os vocais de Darby Redo onde precisávamos. Eu acho que foi bem divertido, porém intenso. E, sim, essa foi a minha primeira produção creditada.

Qual é a sua cor favorita? Palavrão favorito? Programa de TV favorito?

A cor favorita muda sempre. Preto, obviamente, mas ultimamente também estou me sentindo verde esmeralda. Porra e puta merda. Programa antigo, All In The Family e, atualmente, a maioria dos programas policiais, Law and Order, CSI e notícias.

Você cozinha? Qual é a sua comida favorita?

Sim, eu cozinho. Eu sou vegetariana, mas não faço muitas receitas. Em suma, eu faço o meu próprio molho de tomate fresco, caprichado no alho e manjericão. Sanduíches de cogumelo portabella grelhado ou hambúrguer vegano. Esses são os básicos. Eu AMO comida indiana, mas não sei muito bem fazê-la.

O que você atualmente está ouvindo?

Eu continuo ouvindo todas as músicas com as quais eu cresci, The Glitter, Zeppelin, Rolling Stones, Fugazi. Eu tenho duas ótimas bandas no meu selo Blackheart que eu ouço, Girl In A Coma e The Dollyrots.

Quais são os seus guitarristas favoritos?

Eu acho que se tivesse que escolher só um, seria o Keith Richards.