(Rolling Stone, março de 2009)
Ter uma filha fez você mudar a sua perspectiva?
Isso mudou a minha perspectiva e bastante coisa. Nós costumávamos viver uma vida tão egoísta. Nós levantávamos da cama às 3 da tarde e fazíamos apenas aquilo que queríamos. Esse estilo de vida é bem útil para escrever, tocar e se aprofundar na música, mas as outras coisas que acontecem paralelamente são muito atraentes para mim, agora. Faz você pensar, “o que eu estava fazendo com a minha vida?”. Agora eu pude perceber o quanto o tempo é importante e eu não quero perdê-lo. Eu quero aproveitar o máximo dele e dar à minha filha a melhor vida que eu puder.
Isso fez você mudar o tipo de música que você queria compor?
Particularmente, não. Eu adoraria estar numa banda estilo Discharge. Só que não é exatamente o que eu quero fazer agora. Essa escolha tem mais a ver com a minha voz. Eu tenho 2 tons vocais na minha voz. Quando eu estava no Distillers, era o que caracterizava a minha voz. Mas eu estou ficando mais velha agora e, então, eu tenho que ter bastante cuidado. Ela não segura mais as notas da mesma forma de quando eu tinha 23 anos. Eu poderia berrar por 2 horas por noite, fumar maços de cigarros, beber uma garrafa de vodka e a minha voz estaria um pêssego no dia seguinte. E, pelo fato de eu não ter feito turnê durante um tempo ou não fazê-la todos os dias, eu tenho que trabalhar a minha voz. Ela está meio virgem agora.
(Faster Louder, março de 2010)
Você tem bastante coisa gravada e arquivada que um dia você pensa em lançar?
Eu tenho muita música. Eu tenho toneladas que não entraram para o disco da Spinnerette e eu tenho coisas de muitos anos atrás, antes de eu ficar grávida. E também tenho muita coisa de agora.
(Fazer Magazine, junho de 2009)
Quando você faz as músicas, você escreve as letras primeiro? Ou é como o Tool: você faz a música para depois fazer uma letra para ela?
Eu faço um riff e aí eu crio uma melodia, pra depois fazer a letra. Algumas vezes, a letra vem imediatamente e vou de encontro à ela.
É raro que eu pense: "eu irei fazer uma música sobre isso". Escrever é meio que coisa de profeta: só depois você percebe sobre o que você escreveu.
Todos sabem que seu último nome veio da sua atriz favorita, Beatrice Dalle. Mas seu primeiro nome... estou correto em dizer que não real?
Uhum.
Qual foi a razão por trás dessa decisão?
Eu não gosto do meu verdadeiro nome...
É Bree Joanna Alice Robinson?
É, esse é o meu nome de nascimento, mas eu tive muitos sobrenomes diferentes e, finalmente, me cansei de ter o nome de qualquer outra pessoa e, então, escolhi o meu próprio.
E é legalmente Brody?
Sim, na Austrália. Levou-me vários anos para conseguir.
Você pretende voltar a morar lá? Ou você está curtindo Los Angeles?
Eu quero me mudar de Los Angeles. Eu não sei se voltarei para a Austrália. É difícil dizer isso, sinceramente.