Saturday, October 01, 2011

Brody Dalle Sai das Limitações do Punk Rock Com Sua Nova Banda, Spinnerette


A líder, guitarrista e vocalista do Distillers, trabalhará em um CD ao longo do verão


Título Original: “Brody Dalle Gets 'Outside The Punk-Rock Box' With New Band Spinnerette - Former Distillers singer/guitarist will work on LP over the summer.”
Por: James Montgomery
Para: MTV.com
Data: 11 de abril de 2007
Tradução: Angélica Albuquerque


Alguns nomes foram citados por Brody Dalle, ao longo dos 22 minutos de entrevista sobre a sua nova banda, Spinnerette: Roky Erickson, Devo, Prince, Django Reinhardt, the Gun Club, My Bloody Valentine, Black Flag, Cyndi Lauper e Tom Petty.

E embora ela tenha falado sobre suas influências, ela foi rápida em apontar que a banda - cuja formação foi anunciada para o mundo no mês passado, através do site spinnerettemusic.com – “não vai tão longe assim”, em comparação com sua ex-banda, The Distillers. Mas já há uma mudança sísmica que ela admite livremente: Spinnerette vai ser o projeto dela.

“Vai ser bem diferente - Estou saindo da 'caixinha' do Punk Rock”, ela disse. “Eu quero trabalhar mais pesado do que já trabalhei antes. Eu meio que evitava isso com os Distillers; eu tinha receio de como poderia ser. Eu não queria surgir como alguma pop star ou coisas do tipo. Não estou dizendo que eu quero isso agora, mas eu meio que criei coragem para reconhecer isso hoje em dia.

Spinnerette se formou na sequência da desintegração dos Distillers, que ocorreu nos últimos dois anos. O último álbum do Distillers, Coral Fang, foi lançado em 2003 e depois da turnê de divulgação, o grupo se separou e o processo foi documentado em sites públicos da internet.

A nova banda engloba quatro anos muito agitados na vida de Dalle: durante esse período, ela se casou com Josh Homme (Queens of the Stone Age) e com ele teve uma filha, Camille Harley Homme.

"Quando esse álbum sair, fará cinco anos desde o meu último álbum lançado," ela disse. “Eu continuei gravando algumas coisas numas fitas e eu tinha tipo, cinquenta horas de material. É muita música para rever e é por isso que está me levando todo esse tempo.” “Além disso, ter um bebê requer alguma dedicação especial também.” E ela continuou: “Isso me mudou? Sim, quero dizer, ser mãe fez com que eu ficasse mais cautelosa nos ambientes e me tornou um pouco mais sensível. Não sou mais aquela vaca difícil e fria como eu era.”

Dalle espera entrar em estúdio no mês de junho, com o guitarrista, produtor e membro do QotSA, Alain Johannes e com o seu companheiro de Distillers, Tony Bevilacqua (os três mais outros dois músicos “super secretos”, formarão a Spinnerette). Eles irão passar todo o verão (hemisfério Norte) trabalhando no primeiro álbum da banda.

Dalle hesita em falar como o seu projeto novo soará. Há uma demo para ser ouvida no nosso site - uma música chamada “Case of the Swirls” - que foi escrita em um piano elétrico e transcrita para a guitarra por Johannes, mas não ache que isso é uma pista das coisas que virão.

"É um pouco mais 'na cara' - tem um pouco de cacofonia também, mas tudo será lançado junto," contou Dalle. “Eu não queria fazer nada muito drástico ou testar algumas coisas nos Distillers. Eu poderia adicionar mais coisas ao ‘Coral Fang’, mas eu me segurei deliberadamente. O produtor do disco, Gil Norton, ficava tipo: 'Por que a gente não põe uns tamborins aqui?' e eu respondia algo como: 'Tamborins? Nem fodendo! Vai se fuder!'. Eu não queria bagunçar o som. Queria que fosse o mais cru possível.”

E esse é um ponto onde Distillers e Spinnerette não são diferentes. Durante o seu amadurecimento como pessoa e artista, Dalle continua se dedicando a fazer o trabalho mais visceral, honesto e, bem, “rock brutal” que ela puder. E é por isso que, quando perguntada se o seu novo álbum soará mais aperfeiçoado, ela ri, faz uma pausa e detona:

“Eu odeio esse mundo. Eu odeio quando a imprensa diz 'oh, essa banda amadureceu e se aperfeiçoou',” ela zombou. “Se eu tivesse que descrever isso, eu diria que está 'repensado'. Sem melhor opção, chame de repensado. Eu gosto dessa palavra.”