(About.com, maio de 2009)
Numa citação, você disse que o Distillers não tinha acabado de verdade. É este ainda o caso da banda?
Eu pensei que talvez eu pudesse gastar algum tempo para tentar convencer o Andy a ficar nos Distillers, mas eu decidi não fazer isso, já que a gente andava meio estranho durante um tempinho, mas agora retomamos contato e tudo está bem. Não há mais The Distillers. Acabou há anos pra mim e, voltar agora, seria redundante.
(Rolling Stone, março de 2009)
O que levou o Distillers ao fim?
Nós todos crescemos fora dele. Nós tínhamos entrado, realmente, numa vida de hábitos não saudáveis na estrada, que nós acabamos levando para casa, e isso meio que nos isolou um dos outros. Havia muita briga e infelicidade generalizada. Menos da parte do Tony. Ele foi o único por quem eu senti mais pena, porque ele tinha acabado de entrar na banda. Ele havia sido nosso roadie por 6 anos, aí nós falamos “venha tocar guitarra!” e foi isso.
Você alguma vez já se sentiu presa ao som do Distillers?
Eu senti como se isso fosse o fim da estrada. Eu senti que foi uma era que chegou ao seu fim, algo numa cápsula do tempo que você acha no seu quintal. Eu quero fazer uma música que seja realmente moderna e progressiva, que você não possa defini-la. A experiência de ter crescido no Distillers foi incrível e eu nunca voltaria atrás. Mas isso apenas não se encaixa neste momento.
(Alternative Press, dezembro de 2008)
Você mencionou que pretende fazer um projeto mais “focado na arte” e ter mais controle criativo que com o Distillers.
Bem, eu sinto que com o Distillers, nós vivíamos sob o apelido de punk rock e não quer dizer que eu não ame punk rock, porque eu amo. Alguns dos meus discos favoritos são de punk rock; tenho tatuado “fuck off” no meu braço. Eu continuo me sentindo como uma imoral. Isso não foi embora. Mas o que sumiu foi o fato de eu costumar a me controlar e editar, porque eu estava muito preocupada com "as crianças", como eles diziam. As coisas que eu ouço, atualmente, são mais focadas na arte, mais experimentais e mais fora de tudo. Coisas como Ratatat e um amigo nosso, (DJ) Adam Freeland, fez um remix de "Sex Bomb" (que estará no álbum), pelo qual eu estou totalmente apaixonada. Com a Spinnerette, eu parei de me censurar e de me editar e... o que quer que fosse, mesmo que eu tenha me sentido um pouco envergonhada, porque era muito meloso ou por qualquer motivo, a sensação é boa e te permite cavar muito fundo.
Quando que você começou a sentir que estava perdendo algum controle com o Distillers?
Eu tive controle criativo no Distillers até assinarmos com uma gravadora maior, e eles estavam esperando coisas de nós, que tinham mais a ver com artwork do que com o que estávamos lançando. Tivemos que fazer duas capas. Isso não quer dizer que não poderíamos ter lançado a capa que queríamos. O CD apenas não seria vendido no Walmart ou aquela merda de Target ou qualquer coisa assim. Porém, isso foi mais uma censura pessoal. Quero dizer, é claro que eles queriam que eu fizesse pop hits, pop punk ou algo do tipo. Mas eu realmente nunca aceitei isso e nem nunca cedi. Coral Fang foi uma coisa orgânica. Mas eu estou falando sobre me censurar tanto quanto sobre me controlar criativamente. Eu estava me controlando e isso tinha que acabar. Tinha que deixar esses Dr. Jekyll e Mr. Hyde (nota: O Médico e O Monstro) internos - [risos] - escreverem uma música ou lançá-la, deixando apenas acontecer.